Após encerrar o mês de outubro no campo negativo, os contratos futuros de café arábica com prazo para dezembro sobem 0,53% na abertura do primeiro pregão de novembro na bolsa de Nova York, nesta sexta-feira (1/11).
Precificados a US$ 2,4725 a libra-peso, observa-se um ajuste técnico após forte depreciação da véspera, além do componente de valorização do preço do robusta, na bolsa de Londres.
O analista do Rabobank Guilherme Morya reforça que, a longo prazo, a tendência para o grão arábica é altista, em especial devido às futuras projeções sobre o volume de safra na principal origem produtora, o Brasil, e aos próximos passos da lei antidesmatamento da União Europeia. A nova norma deve orientar a dinâmica das exportações nos próximos meses, podendo mexer na equação de oferta e demanda globais.
Cacau
Nas negociações de cacau, a demanda pelos contratos de primeira e segunda posição estão equiparados. No caso dos lotes com prazo para dezembro, há uma alta de 1,19%, operando a US$ 7.417 a tonelada, acima dos recentes mínimos de sete meses.
Com o fim do ano se aproximando, a indústria de chocolate que atrasou as compras devido aos picos de preço da amêndoa, agora, volta ao jogo, enquanto a oferta global segue apertada no curto prazo, destaca a Trading Economics.
“Isto está ligado a fortes chuvas em partes das regiões produtoras de cacau de África, nomeadamente na Costa do Marfim, principal produtor, limitando o acesso ao campo e promovendo condições para doenças do cacau”, diz o boletim diário da consultoria.
Açúcar e algodão
Açúcar e algodão, com papéis para março de 2025, também registram valorização nesta manhã de 0,53% e 0,75%, respectivamente. O demerara opera a 22,86 centavos de dólar a libra-peso e a pluma está a 70,10 centavos de dólar a libra-peso, evidenciando um ajuste técnico dos agentes de mercado, após fechar em queda no último dia de outubro.