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No Paraná, produção de pinhão gera renda e mantém agricultor no campo

Com a produção precoce de pinhão, o retorno do investimento se torna mais rápido — Foto: Andre Kasczeszen

O produtor rural Ernesto Zembruski, de Bituruna, no sul do Paraná, está confiante no futuro. Na propriedade dele, onde o cultivo da erva-mate predomina, o plantio de araucárias enxertadas para produção de pinhão tem recebido atenção especial. “O pinhão é a semente que vai nos manter no campo”, afirma.

Atualmente, ele tem mais de 600 plantas em apenas um hectare de terra. A meta é chegar a mil araucárias em breve. Ele deu início ao pomar em 2016, utilizando a técnica de enxertia para a produção precoce de pinhões. “A rentabilidade obtida com a venda de pinhão, praticamente sem necessidade de investimento, possibilita a realização do sonho de manter a área para meus netos”, observa.

Nos cálculos do agricultor, com a produção estimada entre 500 kg a 600 kg de pinhão nesta safra, ao preço médio de R$ 10 o quilo, a rentabilidade ficará entre R$ 5 mil e R$ 6 mil: “é dinheiro no bolso sem custo de produção, em comparação a outras culturas”.

Ele conta que procurou a Embrapa para aprender a técnica da enxertia, iniciou a plantação das araucárias com cinco mudas, das quais duas se desenvolveram. Dali em diante, ele mesmo foi executando a técnica e ampliando a plantação. A produção precoce começou a partir do quarto ano de algumas plantas.

“E ainda estamos contribuindo com o reflorestamento e ajudando a evitar a extinção da araucária”, ressalta, planejando, em alguns anos, tornar a cultura o carro-chefe da propriedade e multiplicar por dez a produção.

araucária-pinhão — Foto: Katia Pichelli

Manual produtivo

A clonagem via enxertia é fruto de anos de pesquisa, parceria da Embrapa Florestas e Universidade Federal do Paraná (UFPR). As instituições acabam de publicar um manual com melhorias e novas orientações para quem deseja adotar o sistema. A técnica permite que as araucárias iniciem a produção de pinhões, em média, entre seis e dez anos após o plantio. No cultivo tradicional, começa entre 12 e 20 anos.

“A consolidação desse sistema representa um marco para produtores rurais, especialmente das regiões Sul e Sudeste do país, onde o pinhão tem forte apelo cultural e econômico, mas cuja produção ainda depende quase que exclusivamente do extrativismo em florestas nativas”, salienta o pesquisador da Embrapa Florestas Ivar Wendling.

Com a produção precoce, indica o especialista, o retorno do investimento é mais rápido, incentivando o plantio, a geração de renda e, consequentemente, a conservação da espécie pelo uso sustentável.

Segundo Wendling, que é um dos autores do manual, o conteúdo aborda as vantagens do uso da técnica e responde às principais dúvidas sobre a produção de pinhão em pomares. Pontos importantes como a qualidade de mudas, escolha da área do pomar, implantação, manejo e principais desafios no campo são contemplados na publicação que está disponível no site da Embrapa Florestas.

A técnica de clonagem via enxertia permite que as araucárias iniciem a produção de pinhões, em média, entre seis a dez anos após o plantio — Foto: Katia Pichelli

Valor nutricional

O pinhão é um alimento considerado bastante nutritivo. A adoção da enxertia visa a elevar a oferta do produto, além de gerar renda aos agricultores. Um estudo conduzido pela Embrapa Florestas comparou a produção com o uso da técnica e a convencional.

Avaliando pinhões in natura e cozidos, o estudo mostrou que o sabor e o valor nutricional são iguais ao que resulta do cultivo convencional. Os precoces – frutos de araucárias enxertadas – mantiveram o baixo teor de gordura e são boas fontes de proteínas e carboidratos, com alto conteúdo de fibras alimentares e alto valor calórico.

Ivar prevê que entre 400 a 500 produtores no Paraná já estejam adotando a tecnologia: “é difícil estimar, mas daqui para a frente a tendência é que o número de propriedades com o pomar de plantas enxertadas aumente”.

Em Bituruna, o programa municipal “A Força das Araucárias” incentiva o plantio das árvores enxertadas. Cerca de cem agricultores já participam da iniciativa, e a meta é tornar o cultivo uma fonte de renda. O município desenvolve um projeto para a instalação de uma agroindústria de farinha de pinhão. O produtor Ernesto Zembruski é um dos integrantes. Ele troca experiências com pesquisadores e produtores da região.

Araucária de proveta

O pesquisador Flávio Zanette, professor aposentado da Universidade Federal do Paraná (UFPR) ainda na ativa – que assina a autoria do manual lançado pela Embrapa, em parceria com Ivar -, foi o pioneiro do estudo que possibilitou o desenvolvimento da técnica da enxertia de araucária.

Na edição de março de 1988 da revista Globo Rural, ele foi um dos entrevistados da reportagem “A árvore que saiu do tubo”, que abordou a criação da primeira araucária de proveta. Criada em um tubo de ensaio, por meio de uma pesquisa desenvolvida em laboratório na UFPR, em conjunto com a pesquisadora Cecília Eritani – já falecida -, a experiência, segundo Zanette, foi o teste inicial para observar a viabilidade da enxertia.

“A criação in vitro indicou que a clonagem por enxertia era possível. A experiência foi viável, mas de alto custo”, explica Zanette.

Com isso, o pesquisador seguiu para uma próxima etapa, iniciando os testes da técnica de enxertia em estufa e, mais recentemente, a tecnologia de enxertia da araucária para produção precoce de pinhão, em parceria com o pesquisador Ivar, da Embrapa Florestas.

Os resultados do estudo foram publicados em 2015. Até então, foram várias tentativas, pesquisas e alunos envolvidos no trabalho, até chegar a uma seleção genética de plantas com as características desejadas.

“Eu não buscava resultado científico. O objetivo era que a técnica da enxertia permitisse selecionar plantas de interesse econômico para formação de pomares. O meu foco sempre foi a produção de pinhão”, salienta.

A enxertia possibilita a produção de pinhões com as características desejadas pelo mercado consumidor, pois é possível identificar e selecionar árvores matrizes de acordo com o que se busca: época de produção, composição nutricional, produtividade, tamanho e formato do pinhão, entre outras. A técnica pode ser executada por meio da formação de enxertos de galho e de tronco.

Registro

Já existem cultivares de araucária enxertada registradas no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e viveiros que comercializam as mudas. O Viveiro Porto Amazonas (VPA) foi pioneiro na produção comercial, a princípio com árvores-matrizes selecionadas pela UFPR e, a partir de 2020, também a partir de cultivares registradas pela Embrapa.

A técnica pode ser executada por meio da formação de enxertos de galho e de tronco — Foto: Katia Pichelli

“Nossa ideia sempre foi a valorização de uma espécie nativa ameaçada e estudar mais o seu comportamento com a enxertia. A técnica é nova, mas a precocidade empolga e incentiva os produtores interessados”, diz Leonel Anderman, biólogo e gerente do viveiro.

Atualmente, o VPA produz e comercializa cerca de 3 mil mudas por ano, cada uma leva cerca de dois anos para ficar pronta. “Hoje, nosso desafio é fazer com que os clientes entendam que existe um manejo a ser feito com essas árvores, que não basta somente plantá-las”, explica.

Wendling alerta que os produtores devem buscar viveiros credenciados no Registro Nacional de Sementes e Mudas do Ministério da Agricultura (Renasem) e, preferencialmente, produzir plantas enxertadas com cultivares registradas para a produção de pinhão.

Santa Catarina

A tecnologia também vem sendo aplicada em Santa Catarina, por meio de um projeto desenvolvido em parceria entre a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Epagri) e a Embrapa Florestas. As ações começaram em 2023 com a avaliação de matrizes de araucárias para a produção de pinhão pelas características de solo e clima nas regiões Oeste e Planalto Norte.

Gilcimar Adriano Vogt, engenheiro agrônomo e gerente da Estação Experimental da Epagri em Canoinhas (SC), detalha que o plano contempla ações de implantação, enxertia, manutenção e avaliação em dois pomares com, inicialmente, 21 matrizes.

“Os materiais genéticos das araucárias com boa produção de pinhão serão avaliados com possibilidade de indicação de materiais genéticos mais apropriados em um futuro breve. O projeto ainda prevê identificar materiais com produção precoce, diferentes épocas de frutificação e mais produtivos, além de estudar a qualidade nutricional”.

A Epagri espera um aumento no interesse pelo plantio de araucária aumente, possibilitando a implantação de pomares comerciais com qualidade, precocidade e plantas de porte reduzido.

 

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Brasil vai carregar desafio de abastecer mundo com café, aponta economista

Consumo de café está se multiplicando em número e escala, gerando oportunidades para o Brasil — Foto: Tony Oliveira / CNA

Consumo de café está se multiplicando em número e escala, gerando oportunidades para o Brasil — Foto: Tony Oliveira / CNA

O Brasil pode ser a grande potência do café nos próximos 25 anos, diante da pressão das quebras de safras globais, redução de estoques do grão no mundo e volatilidade nos preços da commodity, que vem atingindo recordes históricos desde o final de 2024. A projeção é do economista Marcos Troyjo, que abriu a 30ª edição do Encontro Nacional da Indústria do Café (Encafé), que começou nesta quarta-feira (23/4) em Campinas (SP).

Ele também reforçou que a “trumpulência”, conceito do momento para classificar as recentes decisões comerciais do governo Donald Trump, é capaz de modificar as relações de negócios globais do café. “A geopolítica voltou ao centro das atenções e a trumpulência se tornou um conceito que inclui as disputas dos Estados Unidos em relação ao comércio global, implementando uma política que não tem exceção e gera combate para todos os países parceiros, gerando atritos e turbulência”, explicou.

Outra tendência global que deve mexer com o mercado do café, segundo Troyjo, é o crescimento populacional de nove países asiáticos e africanos até 2050, entre eles a Índia, Paquistão e Nigéria, qualificando novos bebedores de café.

Para ele, o Brasil é a nação capaz de suportar essas demandas, porque possui vantagem competitiva na produção de alimentos, inclusive do café, apesar de alterações climáticas.

O desafio, por outro lado, vai ser agregar valor e manter café de qualidade para o mercado doméstico. Ainda assim, o economista acredita que o consumo de café está se multiplicando em número e escala, oportunidade para o Brasil que se fortalece neste ano com turbulências geopolíticas, em especial com a recente postura dos Estados Unidos sobre as tarifas recíprocas entre países, pesando mais sobre a China. Se o vaivém comercial de Washington continuar, há mais oportunidade internacional no Brasil, acrescenta Troyjo, mesmo sendo perigoso para outros países, como é o caso da China e do Canadá.

De acordo com o economista, o Brasil tem a principal vantagem competitiva do cenário atual: ser grande produtor e exportador de alimentos, além de ter encaminhado uma desburocratização tributária que pode favorecer a ampliação de parcerias com outros países, sem depender dos Estados Unidos.

“O Brasil é o maior país ter superávit comercial com a China, ao mesmo tempo que está entre as 12 nações que pode ter déficit comercial com os EUA”, destacou Troyjo.

Projeção de safra do café

Enquanto isso, o banco holandês Rabobank revisou para baixo a safra de 2025/26 do café no Brasil, para 62,8 milhões de sacas. O volume representa uma queda de 6,4% em relação ao ciclo anterior. As estimativas são baseadas em uma ronda pelas lavouras cafeeiras em fevereiro e março deste ano, resultando no balanço de abril, divulgado ontem pela instituição.

Para o café arábica, a redução esperada é de 13,6%, enquanto o robusta deve atingir um recorde de 24,7 milhões de sacas, crescendo 7,3%.

“O clima seco em 2024 afetou significativamente o pegamento da florada e, consequentemente, a produção de café arábica. No entanto, estima-se excelentes produtividades para o café robusta, apesar de uma perspectiva pessimista para o estado de Rondônia”, afirmou o banco.

O Rabobank também pontuou a desaceleração nos embarques de café brasileiro. No primeiro trimestre de 2025, as exportações totalizaram 10,7 milhões de sacas, 11% a menos do que no mesmo período de 2024.

Contudo, a instituição afirmou que situação pode melhorar com a entrada da nova safra brasileira de 2025/26 a partir de junho ou julho.

 

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São Roque, em São Paulo, quer crescer na produção de vinhos finos

São Roque aposta em vinhos finos para retomar protagonismo na produção das décadas de 1960 e 1980 — Foto: Siderlei Ditadi

São Roque aposta em vinhos finos para retomar protagonismo na produção das décadas de 1960 e 1980 — Foto: Siderlei Ditadi

A cidade de São Roque, no interior de São Paulo, tenta resgatar o protagonismo que tinha na produção de uvas e vinhos entre as décadas de 1960 e 1980. Um dos caminhos para recuperar esse espaço é aumentar a produção de vinhos finos, uma demanda crescente diante do novo perfil dos turistas que visitam a cidade.

De olho nessa meta, 18 viticultores locais se reuniram numa instituição , o Sindicato da Indústria do Vinho de São Roque (Sindusvinho) e criaram o Roteiro do Vinho. Agora, trabalham para lançar um novo formato do que já foi a famosa Festa do Vinho da cidade.

“Recebemos um milhão de turistas ao ano, um número excelente. Mas a característica desses turistas está mudando. Antes eram admiradores, sem compromisso. Hoje, em grande parte, são entusiastas, com certo repertório sobre vinho, e até um público maduro, que procura uma singularidade a cada rótulo”, diz Alex Moraes, presidente do Sindusvinho e proprietário da vinícola XV de Novembro.

A recente criação da vinícola Aura Astral, um braço da XV de Novembro, é um exemplo desse movimento. Hoje, a XV de Novembro produz cerca de 900 mil garrafas por ano, sendo 85% em vinhos de mesa e 15% em finos, mas pretende mudar essa proporção, e investiu no novo empreendimento para isso.

A Aura Astral se dedica exclusivamente à criação de vinhos finos autorais, para pequenos lotes exclusivos (às vezes sob demanda), sob a tutela de Alex Moraes e da doutora em enologia e professora do Instituto Federal de São Roque, Maritê Dal’Osto.

Os vinhos são produzidos com uvas cultivadas nos quase 30 hectares da propriedade ou trazidas de Flores da Cunha (RS). Das variedades de verão, as utilizadas são Bordô, IAC Ribas, Niagara Branca e Lavarinho; das uvas de inverno, as usadas são Cabernet franc, Malbec, Syrah e Tempranillo.

“Nosso objetivo é criar vinhos que sejam capazes de unir tradição e inovação, para promover essa transição junto aos consumidores. Entendemos que é um trabalho de longo prazo construir a imagem de São Roque como produtora de vinhos finos, mas a receptividade tem avançado, à medida que conquistamos prêmios importantes e os turistas compartilham experiências positivas vividas aqui”, afirma Maritê Dal’Osto.

O rótulo Papílio, um Chardonnay Gran Reserva, por exemplo, conquistou medalha de ouro na 22 edição do Concurso de Vinhos e Destilados do Brasil. Já o Aura Astral Tannat Rosé recebeu medalha de prata no 20 Concurso de Vinhos e Destilados do Brasil.

Também em São Roque, a vinícola Góes, uma das maiores do Estado, produz 7 milhões de garrafas ao ano. Hoje, redesenha seus contornos sob o comando de Cláudio Góes e Fábio Góes, que são primos e a quarta geração da família na direção da vinícola. Enquanto Cláudio cuida da gestão, Fábio, que é enólogo, dedica-se à criação de novos rótulos.

Mas, para isso, eles primeiro trouxeram novas práticas de cultivo ao parreiral de 40 hectares da propriedade, incluindo a dupla poda e campos experimentais, a fim de identificar as variedades de uva que mais se adaptam ao terroir e clima de São Roque. São mais de dez variedades cultivadas, incluindo Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Lorena, Bordô, Isabel, Moscato, Chardonnay, Syrah, Carménère, Malbec e Tannat.

O rótulo Philophia foi amplamente premiado. Produzido a partir de uvas Cabernet Franc cultivadas em São Roque, com descanso de 12 meses em barricas novas de carvalho francês, foi ouro no Brazil Wine Challenge, Bronze no Decanter World Wine Awards e Bronze no IWC Londres.

“O reconhecimento nos prêmios dá confiança aos turistas, que são nosso primeiro público, a investirem em um rótulo local de preço mais elevado, que ainda é novo para eles”, diz Fábio Goes.

Na sua empresa, o enoturismo também vem crescendo, com atividades distribuídas nas três propriedades da vinícola.

A atividade na vinícola Góes representa hoje em torno de 15% do faturamento da empresa, e os proprietários estimam que possa crescer 5% neste ano.

Ao longo dos 16 quilômetros do Roteiro do Vinho de São Roque as opções de enoturismo são diversificadas. No total, são 57 empreendimentos, entre vinícolas, restaurantes, cafés e lojas.

Para os que buscam uma experiência personalizada, a vinícola Casa da Árvore oferece a possibilidade de o visitante produzir o seu próprio espumante. Além disso, é possível experimentar pratos típicos da gastronomia da Eslovênia, já que a vinícola pertence a uma família originária daquele país.

A direção das atividades fica por conta do proprietário Maximiliano Slivnik, enquanto a criação dos rótulos e as harmonizações são feitas pelo enólogo Tiago Duarte. “Os vinhos são criações novas, a partir de uvas colhidas aqui e combinações autorais”, explica Slivnik.

Outra pequena vinícola que tem atraído turistas é a Bella Quinta, que fica dentro do complexo da Góes e prioriza toques autorais. Gustavo Borges, enólogo e proprietário da casa, usa leveduras selvagens do próprio vinhedo em suas criações, que levam tanto uvas da cidade quanto algumas trazidas do Sul do país. Os microlotes produzidos são compostos por 600 garrafas, em média.

Na vinícola Bella Quinta há uma curiosidade: a degustação conta com “harmonização musical”. Borges estudou várias possibilidades e chegou a composições com timbres que, segundo ele, são mais apropriados tanto para a degustação quanto para evolução dos vinhos durante seu descanso.

São três os rótulos que descansam duas horas por dia ao som de melodias e que são degustados com as mesmas canções. Na lista, há músicas de Almir Sater e da dupla Sá e Guarabyra.

 

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Geomit vai desenvolver projetos de biometano para a CMAA

Resíduos da moagem da cana viram matéria-prima para produção de biometano — Foto: Wenderson Araújo/CNA

Resíduos da moagem da cana viram matéria-prima para produção de biometano — Foto: Wenderson Araújo/CNA

A Geomit, joint venture formada pela Mitstui Gás e Energia do Brasil e pela Geo biogas & carbon para desenvolver projetos de biometano a partir de resíduos da cana-de-açúcar, assinou um memorando de entendimento para desenvolver projetos para a Companhia Mineira de Açúcar e Álcool (CMAA).

A primeira planta de biogás será erguida na Usina Vale do Tijuco, em Uberaba (MG). A CMAA tem ainda mais duas usinas: a Unidade Vale do Pontal, em Limeira do Oeste (MG), e a Unidade Canápolis, em Canápolis (MG).

O biometano será produzido a partir da biodigestão da vinhaça, da torta de filtro e do bagaço da cana.

A tecnologia de produção foi desenvolvida pela Geo, que tem parcerias com outras empresas sucroalcooleiras em projetos de biometano. Com a Mitsui, a Geomit permitirá o escoamento do gás renovável, já que a Mitsui é acionista direta e indireta de 13 distribuidoras locais de gás canalizado.

 

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